O FRACASSO DA REPÚBLICA
A República ao ser proclamada a 5 de Outubro de 1910, depois de uma revolta militar apoiada pela carbonária, veio precipitar Portugal no caos político, social e económico.
A tentativa de assassinar El-Rei Dom Manuel II foi frustrada com a ida para Mafra, mas deixou as suas marcas no Palácio das Necessidades.
O ódio jacobino que se seguiu contra a Igreja foi outra vergonhosa página da intolerância republicana.
A instabilidade dos Presidentes da República e de seus mandatos:
1º - Manuel Arriaga - Obrigado a renunciar (1915)
2º - Bernardino Machado - Impedido de acabar o mandato (1918)
3º - Sidónio Pais - Assassinado (1919)
4º - Canto e Castro - Não se recandidata pela desilusão da vida política.
5º - António José de Almeida - Não se recandidata amargurado com a marcha da vida política.
6º - Teixeira Gomes - Renuncia
7º - Bernardino Machado - Impedido de acabar o mandato (1926)
As consequências da proclamação da República, demonstram a crise profunda onde os ideólogos republicanos mergulharam o País.
- Agitação social, religiosa e laboral
- Incurssões da Galiza (1911-12)
- Estado de Sítio (1912)
- Insurreição de 17 de Abril de 1913
- Movimento das Espadas ( Janeiro de 1915 )
- Revolução de 14 de Maio de 1915
- Revolução de 5 de Dezembro de 1917
- Revolução de Santarém ( 10 de Janeiro de 1919 )
- Revolução do Porto ( 19 de Janeiro de 1919 )
- Revolta de Monsanto ( 22 de Janeiro de 1919 )
- Estado de Sítio (1919)
- Revolução de 19 de Outubro de 1922
- Revolução de 18 de Abril de 1925
- Revolução de 28 de Maio de 1926
- Ditadura
Republicanos constatam que a República não é sinónimo de democracia
- Guerra Junqueiro ( finais de 1911), “ Já hoje, se fosse possível fazer um plebiscito ao País, não com papeis mas dentro da consciência de cada um, na escuridão do seu quarto, a maioria monárquica era esmagadora. Havia menos republicanos do que antes do 5 de Outubro.”
- António Sérgio, “ A propaganda republicana não passava de formalismo político ( de simples negação, por assim dizer, da Monarquia e do Clericalismo ) sem conteúdo concreto reformador na economia e na educação. Nem se aperfeiçoou a economia existente, nem se democratizou realmente nada.”
Apesar do quadro que apresentámos, onde os factos não podem mentir, insistem ainda alguns em continuar a comemorar da varanda o 5 de Outubro. Para os taís aqui deixamos sobre a efeméride as palavras de Francisco Sousa Tavares:
“ Não irei àquela cerimónia fúnebre que todos os anos se repete na Praça do Município. E se fosse iria de gravata preta, porque acto tão triste, ali, só pode ser para que não esqueça a memória de um Rei e de um Príncipe vilmente assassinados”
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